uma nova didática

Como criar um futuro novo a partir de uma escola em rede?

Nossos jovens estão tendo tempo para criar um mundo novo, mundo esse desconhecido por nós adultos, ou estamos a todo tempo impondo nossos próprios valores àqueles que deveriam escrever a história da humanidade com suas próprias canetas?

Estamos dando abertura para despertar o interesse dos pequenos para aquilo que eles vão determinar como futuro, ou preferimos estabelecer que o tempo na escola deve ser produtivo para atender às necessidades do hoje, e não livre para a construção de um novo amanhã?

A todo instante lembramos nossas crianças que o mundo não pertence a todos e sim a particulares, àqueles que passam nas provas, nos vestibulares, aos ganhadores.

Ganhadores de quê? Nos perguntamos. Se essas conquistas assegurassem paz mundial e vida repleta de realizações, não estaríamos discutindo a legitimidade das escolas pós-modernas.

Há milhares de anos, nas cidades-estados gregas, as escolas não eram como vemos hoje em dia. Não havia segregação. As novas gerações usufruíam seu tempo livre aprendendo em liberdade, o que permitia a renovação do mundo e o bem comum através do desenvolvimento do interesse e da curiosidade. Nesses espaços, a base era a hipótese de igualdade e aprender era uma aventureira terra de ninguém, onde todos podiam se elevar acima de si mesmos.

Se desejarmos resgatar esse conceito de escola, o desafio será descobrir o que é digno de ser abordado nas classes, conteúdos para um “bem comum”, que devem passar no teste de amor pelo mundo, aquilo o que vale a pena liberar para o estudo e a prática e para a formação pessoal.

Jan Masschelein e Maarten Simons, em seu livro Em defesa da escola – Uma questão pública, trouxeram “a tradução mais comum da palavra grega skholé –, isto é, tempo livre para o estudo”. É isso que nós, da Escola do Altruísmo, queremos ajudar a reconstruir. Resgatar o amor pelo mundo e pelas novas gerações para que elas renovem a sociedade.

Como? Isso vamos descobrir com vocês, nosso conceito de escola em rede quer isso, uma rede de pessoas que possam atuar de forma altruísta onde estiverem e da maneira como escolherem.

Entramos na época de que o importante não é mais o como ou onde é feito e sim porque e para que é feito, sendo construído ativamente por cada indivíduo que faz parte desse todo. Tornando-o aluno e mestre todo o tempo,num fluxo contínuo e  infinito de aprendizado a partir da troca.